E começaram os mata-mata. Os resultados finais não surpreendem, mas a forma como ocorreram sim. Primeiro a Alemanha desconheceu a Suécia e passou atropelando por eles. Inexplicável o que acontece com Klose, o rapaz deve estar dopado... Era notório sua evolução de 2002, quando ainda era uma promessa e basicamente jogava como um cabeceador nato (assim largou 5 gols naquela Copa), para 2006. Mas o que ele fez hoje foi algo inimaginável - mesmo sem fazer gol, até as preguiçosas escolhas da Fifa enxegaram ele como o melhor em campo. Mas não foi só ele que jogou bola, como todo esquema ofensivo alemão. A Suécia parecia um time despropositado num mata-mata de Copa, especialmente após levar os dois gols. Ljungberg parecia não estar em campo, Ibrahimovic claramente jogava no sacrifício e Larsson resolveu amarelar, logo ele o mais experiente em Copas da equipe. A isolada do pênalti é a imagem perfeita da displicência da equipe. Simon teve outra boa atuação, aplicando um rigor que não costuma mostrar por nossos gramados, talvez uma recomendação da Fifa para a partir dessa fase. A verdade é que a expulsão do zagueiro Lucic da Suécia seria 100% questionável se ele não aplicasse isso durante todo o jogo, e vale lembrar que foi segundo amarelo e não expulsão direta, e era um casa de cartão mesmo (jogado perde jogada e agarra por trás para evitar prosseguimento). E contra o time da casa, marcou um pênalti dos famosos "pênaltizinhos", eles até são, um tranco mais forte por trás, mas se o juiz deixasse passar não surpreenderia. Rigor, de quem menos se esperava...
E o México finalmente entrou na Copa. Um pouco tarde demais, é verdade. Mas foi esse México que jogou a Copa das Confederações e que se esperava, especialmente após tanto tempo treinando junto. Lavolpe claramente sofreu muito com a perca de Borgetti no primeiro jogo, e seu retorno foi vital. Mas a escolha de seu parceiro já era uma dúvida, quanto mais quanto teve que escolher qual seriam os dois - acho que não repetiu a dupla em nenhum jogo. O isolador de chutes Omar Bravo ficou no banco. Mas o espirito mexicano foi outro, um time diferente. Limitado, mas disposto a dar o máximo ainda assim. A Argentina não foi a mesma, fez sua pior partida de longe, muito pq tomou um susto com a marcação mexicana no começo, e isso levou o time a demosntrar uma falha em não ter muitas variações de jogo. Conseguiu brilhantemente não permitir com que um gol do México nos primeiros minutos virasse uma bola de neve, empatando rápidamente. Mas o meio-campo não foi tão brilhante desta vez, Saviola não esteve bem, o meio se congestionou e faltou a alternativa pelas laterais. O time melhorou com as entradas de Tevez, Messi e Aimar, mas Pekerman demorou demais a coloca-los. Aimar desta vez esteve melhor, mesmo que não brilhando. Achei que Riquelme recua muito quando atuam juntos. Houveram várias ameaças de que um time pressionaria mais, mas nunca concretizadas. Até que de Tevez pra Messi a Argentina fez o gol salvador nos acréscimos. Menos para o bandeirinha, que criminosamente passou a mão nos hermanos. Para sorte deles, o México não voltou para o primeiro tempo da prorrogação, morto em campo, e assistiu o domínio argentino, e um gol incrível de Maxi Rodriguez, ao estilo Joe Cole. Até tentaram no fim do fim, mas a diferença entres os times apareceu.
Sobre Heinze, interessante a perseguição da imprensa brasileira com esse jogador. Falhou em apenas um lance nesta Copa do Mundo até aqui, mas já é tachado de atrapalhado antes mesmo do começo dos jogos. Teve um lance incrível, que o México lançou e ele escorou de cabeça, pegou na parte de trás e veio macia pras mãos do Abbondanzieri, e tome "olha o Heinze de novo...". Poderia ter sido expulso sim no fim do primeiro tempo, momento da falha que mencionei na saída de bola. Mas o juiz tem a regra ao seu lado, já que havia o Ayala atrás da sua linha e então não era último homem. Teria que expulsar direto apenas se usasse de um rigor maior, como o Simon fez. Como não foi assim o resto do jogo, acho natural apenas o amarelo. Não senti que ele foi nas pernas apenas, mas aí precisaria rever o lance com mais calma pra afirmar. A suposta cotevalada me pareceu um grande ato do Borgetti, o que provou que o juiz não esteve bem, afinal se ele não considerou que Heinze o cotovelou não poderia permitir que o jogador desse um escândalo reclamando, certo? Sinal que ficou na dúvida de ter feito besteira.....
No bolão, uma zebra se desenhou, já que Satã perde sua disparada de liderança por não ter deixado os palpites pela primeira vez. Nesta fase mais do que nunca acertar o placar pode fazer a diferença.
Satã - 37
Filipe - 33
Ed - 32
Digão - 30
SérGão - 26
Eu - 21
Ailton - 17
José - 3
Amanhã tem Inglaterra x Equador e Portugal x Holanda.