free as a weird

quinta-feira, maio 18, 2006

Antes da lista, um protesto contra eu mesmo, por ela não representar a década para mim de fato. A prova é a ausência de um filme de Walter Hill no top. O scout do Hill de 80 à 89, nas minhas tabelas: 7 no top 20 anual, 4 no top 10 anual, 2 no top 5 anual. Nota zero pra mim.

E, pra piorar, depois de fazer toda uma movimentação pra buscar apenas um filme pro top desta vez, a sessão do filme, aos 48 do segundo tempo - ou seja, segunda-feira no começo de noite - caiu por causa do caos que virou a cidade naquele fim de tarde, o que resultou num ilhado Serjão. O filme: Cão Branco, do Fuller. Big Red One pelo corte original não entra, ainda não vi mais que uma ou outra cena do novo corte, mas não sei nem se seria justo votar nele.

A lista, então:

1. Eles Vivem, de John CARPENTER (88)
2. They All Laughed, de Peter BOGDANOVICH (81)
3. Fuga de Nova York, de John CARPENTER (81)
4. Um Tiro na Noite, de Brian DE PALMA (81)
5. Alvo Duplo III, de TSUI Hark (89)
6. Depois de Horas, Martin SCORSESE (85)
7. Videodrome, de David CRONENBERG (83)
8. Cavaleiros de Aço, de George A. ROMERO (81)
9. Um Lobisomem Americano em Londres, de John LANDIS (81)
10. O Enigma do Outro Mundo, de John CARPENTER (82)
11. Iguana - A Fera do Mar, de Monte HELLMAN (88)
12. O Império do Desejo, de Carlos REICHENBACH (80)
13. Honkytonk Man, de Clint EASTWOOD (82)
14. Pauline na Praia, de Eric ROHMER (83)
15. Classe Operária, de Jerzy SKOLIMOWSKI (82)
16. O Iluminado, Stanley KUBRICK (80)
17. O Ano do Dragão, Michael CIMINO (85)
18. Passion, de Jean-Luc GODARD (82)
19. New York Ripper, de Lucio FULCI (82)
20. Lola, de Rainer Werner FASSBINDER (81)

Tá aí.

terça-feira, maio 16, 2006

Não tinha chegado a pensar em como seria uma convocação inteira minha, até pq é diferente de pensar em quem o Parreira devia levar, pq isso se baseia num trabalho que o próprio fez nos 4 anos, testando os jogadores no seu esquema e tal. É mais que preferência pessoal. Conversando com o Filipe agora a pouco, me veio a idéia de tentar montar isso, que seria uma seleção feita hoje mas partindo do zero. Começaria tendo pedido pra Cafu e Roberto Carlos pedirem as contas em 2002, faria jogo de despedida e tudo. Roberto talvez ainda durasse mais no time, e também o próprio Cafu, mas pensando a longo prazo não seria bom mantê-los se a intenção não seria leva-los pra Copa.
Jogaria em 3-5-2, assim como fazia o Felipão, mas com os laterais um pouco mais avançados do que naquele time. O esquema atual é bom, mas acho que tem um problema sério de posicionamento que é causado por esse 4-4-2 sul-americano, que é bem diferente do Europeu. Eu gosto da posição dos meias aqui, onde fazem duas linhas diferentes, não gosto dos laterais ficarem numa linha a frente dos zagueiros. O esquema vira um verdadeiro 2-2-2-2-2, é insano. O time do Parreira joga mais assim, outros times que jogam no 4-4-2 no Brasil já estão mais pro 4-2-2-2. Na Europa os esquema são definidos por linha, por isso o 4-4-2 significa uma linha de 4 na defesa, uma linha de 4 no meio e uma de 2 na frente. Assim os meias acabam se acostumando a atacar e marcar igual, e quebra um pouco a lógica dos volantes. A minha memória não é tão boa, mas o Emerson no Grêmio, pelo que me lembro, não era parado no meio como com Parreira, na verdade ele tinha funções até ofensivas. Como os melhores laterais do Brasil são na verdade jogadores de meio-campo, prefiro desistir dessa linha de quatro atrás, e fazer 2-2 como o Parreira faz cria um problema ainda maior de defesa. Usaria três zagueiros pra tentar resolver isso. Aposto que quebraria a cara, mas não custa tentar, hehe. Afinal, estamos sonhando aqui.

Faria então assim:

Rogério Ceni
Lúcio - Edmilson - Alex (com Edmilson na sobra, como o Lugano faz no SP)
Emerson - Juninho Pernambucano
Cicinho - Kaká - Serginho
Ronaldão - Ronaldinho

Kaká claro ficaria um pouco na frente, e solto pra se infiltrar entre os atacantes. Cicinho e Serginho são ambos laterais com cacoete de meias, Cicinho até mais ofensivo. O Serginho era mais ofensivo nos tempos de SP, no Milan ficou mais disciplinado à tal linha do meio ou de defesa (italianos são mais conservadores que o Parreira, hehehe). Acho que no ataque o Ronaldinho fica mais livre pra fazer o que quiser, mesmo que isso seja pegar a bola no meio e meter pro Káka no ataque, invertendo as posições. No meio ele precisaria pensar mais em voltar, ali ele só volta quando sentir vontade, hehe.

Pro banco de reservas, tentando ser coerente com o esquema tático:

Marcos, Dida (reserva e terceiro)
Caçapa, Juan (zagueiros)
Mancini, Adriano (alas direito e esquerdo)
Mineiro, Zé Roberto (volantes)
Julio Baptista (meia, lembrando que os dois alas reservas jogam no meio nos clubes, então também servem pra posição se necessário)
Adriano, Robinho, Amoroso ou Nilmar

Como estamos falando de sonhos, se o Amoroso seguisse no SP jogando toda rodada, ele iria. Adequando o sonho a realidade, levava o Nilmar (ou o Lincoln como outro meia), que joga toda rodada e arrebenta (pra mim esse ano é o melhor do Corinthians fácil).

É meio surreal, mas bem que seria legal.

Grande atualizada no site da Paisà (www.revistapaisa.com.br), agora ele passa a ser mais que um informativo sobre a revista, assinaturas e onde comprar, passa a trazer aperitivos para a revista em si.

Os aperitivos se dão através dos indíces de cada edição, as das passadas na seção de edições anteriores, e da atual clicando sobre a capa da revista.
Além disso, um aperitivo da última edição com um texto de três seções diferentes, o geral que abre a matéria de capa do Filipe, o perfil da Natalie Portman representando os fotogramas e texto sobre O Novo Mundo do Cléber representando as criticas. Há ainda algo que dá conta dos bastidores dos trabalhos da revista.

E pra fechar, textos inéditos que dão uma idéia do trabalho da revista. Sem a limitação de espaço, estão lá critica sobre Estrela Solitária, uma filmografia comentada de Wenders, um obituário de Richard Fleischer, e criticas de vários CDs que a revista não pôde cobrir (até pela limitação atual de páginas, que tomara suba em breve - depende dos anunciantes). Os textos sobre Wenders fazem ainda uma ponte com a próxima edição, que terá um ensaio do Filipe sobre o moço.

Tá mais que valendo a visita principalmente pra quem não teve acesso a revista ou não sabe se vale assinar.

segunda-feira, maio 15, 2006

Alias, sigo em falta com a lista dos anos 80. Tô quase lá - também, hoje é o último dia para entrega-la na Liga. Só acho que deverei aquela segunda lista, com os outros filmes, mas paciência.

Ainda no calor da convocação, feita à 10min atrás, passei de ver a coletiva com o Parreira, que deve estar cheias de mais do mesmo. Dentro do padrão conservador dele, até pode se dizer que ele desprendeu de algumas peças. Claro que altas vibrações com Rogério indo, apesar que isso significa mais três jogos com Bosco no gol. Mas tava difícil levar o Marcos sem ele jogar nunca. No fim, a maior polêmica da "gestão Parreira" deu vitória da oposição. Gilberto não acho fosse a melhor opção (até pq vai contra um dos mantras do Parreira de não levar lateral que joga no meio-campo no seu time), mas melhor que o Gustavo Nery esse ano tinham tantos que só de não tê-lo levado está ótimo. Fred óbvio, Nilmar nunca foi chamado, Ricardo Oliveira fez só 30min de um jogo (mesmo que muito bem) desde novembro. Sacanagem com Julio Baptista, mas paciência. E pra mim a maior surpresa, inclusive festivamente falando: FORA ROQUE JR.!!!! Cris é tudo menos um gênio, não é nem o melhor zagueiro brasileiro do time dele (Caçapa neles), Alex seria uma opção muito melhor, mas estaremos a salvos de pênaltis insanos e caneladas sinistras do Roque Jr. Acho que até hoje nem a torcida do Palmeiras deve entender como diabos o Roque chegou lá, tendo sido titular um tempão com o Parreira. Lúcio é afobado e louco, mas é bom. Juan beija os atacantes, mas sabe fazer cobertura. Ainda torço pra que o Luisão vire títular (além de melhor, o cara faz altos gols no Benfica), mas acho difícil. Ou que o Edmilson volte pra zaga.