free as a weird

sábado, novembro 22, 2003

Antes que me acusem de não gostar de Roger Rabbit, repúblico minha capsula para o filme, com cotação traduzida para a daqui, e pequeninas alterações no texto. Deve-se dizer que Rosenbaum também gosta bastante do filme, tanto que tenta aliviar para o Zemeckis ali no final.

Uma Cilada para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit, 1988), de Robert Zemeckis

Zemeckis em um de seus melhores trabalhos, realiza aqui um possível sonho pessoal ao realmente tocar o mundo do cartunismo, mesclando live-action com desenhos animados em uma odisséia hoje bastante cultuada. Bob Hoskins é um detetive que passa a ver os desenhos com mal olhar quando teve o irmão morto pelas mãos de um, mas acaba por ser a única chance de sobrevivência para Roger, um conhecido desenho crente que sua esposa Jessica esteja lhe traindo, e que acaba acusado de assassinato. Zemeckis consegue nos melhores momentos o alcance de uma quase-perfeição, mesclando com muita habilidade desenhos e cenários reais, tomada por uma construção de personagens irresistível; tendo talvez como seu único tropeço exagerar em por todas as fichas no lado cômico do filme, quando este embora bastante efetivo nem sempre é perfeito, enquanto há muito mais do que somente uma simples comédia em suas mãos - e aos poucos ele parece se dar conta disto. Ótimas atuações de Hoskins, Christopher Lloyd - embarcando num vilão a la filmes mudos -, e um magnífico trabalho nas vozes de Charles Fleischer, que além de dublar Roger encara outros ótimos personagens do filme. Possívelmente um raro marco do cinema mundial, vindo de um cineasta que nem sempre acerta a mão. Também estrelando Joanna Cassidy, Stubby Kaye, Alan Tilvern, Richard LeParmentier, Joel Silver e as vozes de Kathleen Turner, Lou Hirsch, Mel Blanc, Mae Questel, Tony Anselmo, Mary T. Radford, Joe Alaskey, Tony Pope, Peter Westy e Amy Irving. 103min.

Guilherme Martins

O Júri, de Gary Fleder (EUA, 2003)


Vou me a ter a poucas palavras quanto o Júri. Acho que embora quase funcione na proposta mais básica do filme a partir de uma meia-hora, onde embora irão obviamente surgir uma porção detalhes sobre os personagens que passam longe de ser reviravoltas, mas que vão manipulando aos poucos o espectador dentro da trama, todo o processo no qual Gary Fleder tenta fazer o filme passar por me soa um tanto raso, e embore ele levante questões interessantes, em especial a primeira meia-hora do filme me desceu bastante mal, dando uma idéia do filme que iria aos poucos se desmistificando, fosse por incompetencia de levar adiante as idéias, fosse por simplesmente se revelar um filme de gênero - como tal, ele é bem passável, em especial pelo forte elenco (admito que passo longe de ser um fã de Dustin Hoffman, mas aqui funcionou muito bem). Mas enfim, a esquizofrenia inicial me irritou um bocado, e bem, o casal olhando as crianças brincando no final foi um tanto óbvio (e devo dizer, desnecessário), mas embora não tenha lido, não dúvido nem um pouco que seja melhor que o livro do Grisham.

Tirado do Terra:

"De Porto Alegre e do Rio de Janeiro - O técnico Adílson Batista se envolveu numa briga em um bar de Porto Alegre e acabou falando demais. Durante a discussão com um torcedor, o treinador garantiu que o Grêmio não vai cair para a Segunda Divisão e afirmou que os jogos contra Vasco e Criciúma já estão com seus resultados armados pró-Grêmio.

O treinador, posteriormente, confirmou o episódio e disse que suas declarações foram dadas apenas para que fosse encerrada a discussão.

Processo - No Vasco, esse assunto foi recebido da pior forma possível. O vice-presidente jurídico do clube, Paulo Reis, ameaçou processar o treinador."

Eu adiciono, em mais um surto de paranóia: na transmissão da última partida do Campeonato Brasileiro, antes da interrupção para os dois jogos da seleção, Galvão Bueno já disparava: "fica de olho que o Grêmio vai arrebentar nas últimas partidas, podem esperar" ou coisas bastante parecidas. Veremos...

sexta-feira, novembro 21, 2003

Em pequena observação, nem me darei o esforço de alçar o filme pra coluna aí do lado, visto que esse quando vier, é direto pro video com certeza (o Roger Dodger ao menos passou no Festival do Rio com título traduzido e tudo - não sei qto a legendas - logo têm alguma chance). Se bem que House of 1000 Corpses também, e eu coloquei. Mas dane-se, não vou colocar. Ora.. Hehehehe. Amanhã devo arriscar uma bizarra sessão tripla: Seabiscuit, O Júri e Simplesmente Amor. Vamos ver o que sai desse caldão. Daqui a pouco tenho um "encontro" com meu antepassado John Belushi (piada interna, hehe).

Harvard Man, de James Toback (EUA, 2001)


James Toback é um vencedor dentro do universo independente do cinema americano; desde meados da década de 70, passando pelas mais diversas fases do universo pop, ele se manteve fazendo seus filmes, sempre autoretratos bastante pessoais, chegando a ser passionais e absurdos (como este filme), que de fato, e isso incomoda muita gente, seus filmes rondam sempre seu próprio umbigo. Os assuntos costumam ser os mesmos, envolver jovens, sexo, drogas, filosofia, basquete, música clássica, máfia, e aqui não é nem um pouco diferente. Talvez surja então daí a idéia de se filmar o filme em cinemascope, mais espaço para si mesmo na tela (?!). Enfim, tal qual suas obsessões pessoais são de fácil aborrecimento, também vêm justamente delas seu lado mais interessante. Aqui Adrian Grenier (de Cecil Bem Demente) é um estudante de filosofia em Harvard (sim, Toback estudou lá), que vêm também a ser um dos principais jogadores de basquete do time local, se divide entre a menina rica e sensual (Sarah Michelle Gellar) – filha de um gangster (!) – e a professora de filosofia (Joey Lauren Adams), não menos gostosa (é claro). A casa de seus pais é destruída por um tornado, e pra ajuda-los ele se mete em uma trama estranha, empresta 100 mil do pai de Gellar, entrega um jogo de basquete, entra na história o FBI (que não poderia deixar de ser um casal com estranhos hábitos sexuais). E bem, a coisa vai piorando. Mas o que mais impressiona em todo o filme é que embora quase tudo no fundo seja uma bobagem (salvo algumas exceções, deve-se dizer), Toback filma tudo de tal forma a fazer com que aquele grande absurdo soe muito mais interessante do que a primeira vista possa parecer. Mais uma vez fica claro que não é necessariamente o que se mostra, mas como se mostra. Na seqüência de abertura, vemos Grenier e Gellar fazendo sexo, de repente a tela começa a se dividir em splitscreens bizarros, que vão sendo montados de maneira bastante estranha, muitas vezes se dividindo entre a própria cena, do nada surgindo um jogo de basquete, os áudios se misturam e perdido ali no meio você lê “music by J.S. Bach” – a seqüência é conduzida com tal precisão que certamente faz o estômago de Roger Avary doer de inveja, já que suas seqüências que procuram ter impacto semelhante em Regras da Atração são mais engraçadas por parecerem tão bobocas do que qualquer outra coisa. Vale dizer que o filme embora tenha momentos relativamente engraçados enquanto Grenier toma uma espécie de lsd, dá uma caída neste trecho, mas consegue se manter bem.

quinta-feira, novembro 20, 2003

Último parágrafo da critica de Jonathan Rosenbaum para Looney Toones: De Volta a Ação (ou Porque gênios são gênios):

"In a related way, the difference I see today between two Bob Hope comedies littered with in-jokes -- Frank Tashlin's Son of Paleface in 1952 and Hal Walker's Road to Bali of the same year -- is probably less apparent to people simply looking for laughs than it is to auteurists like me. I loved both movies as a kid, but today the Tashlin looks snappy and sweet, while the Walker looks tired and sour. That's partly a consequence of how Tashlin and Walker made their films, and partly the result of my reading their films differently today. But I won't have to wait another 50 years to see that Looney Tunes is lovable and Who Framed Roger Rabbit is only likable. Robert Zemeckis isn't a Hal Walker, but Joe Dante's right up there with Tashlin, Avery, and Jones."

Pra ler o texto inteiro é só ir em www.chireader.com/movies

O tal enetation passa por uma fase meio maluca, não se assustem. Os números de comentários surgem quando não há, aumentam quando há poucos, e as vezes se diminuem! É o caos. Sobreviveremos.

quarta-feira, novembro 19, 2003

Ah sim, uma cena interessante a se imaginar. Sean Penn encontra Vinterberg, olha o roteiro... "Certeza que é isso mesmo pra eu fazer?" "Tenho" "Ahn, er... ahn, er... certeza MESMO?". Fala sério... E não consegui achar o filme nem se quer engraçado como o Chiko me disse que seria, a parada é lastimável mesmo.

O problema aparentemente têm algo a ver com a Globo.com, visto que as minhas imagens estão na kit.net que é de lá, e todos os blgos que visitei de forma geral, têm imagens no blogger.com.br, que bem, é de lá também (é interessante que aos poucos a Globo tá tomando conta da internet também). Enfim, não se assustem com a baderna aí ao lado, só é o lance das imagens. Espero que se resolva, seja o problema da Globo.com, seja o problema de quem for (meu é que não é).

terça-feira, novembro 18, 2003

Dia quase inteiramente dedicado a filmes. Quando saia do Apolônio Brasil, alegre como poucas vezes, vou descer as escadas rolantes e me começa a cair isopor e água na minha cabeça... Aparentemente o pessoal do Frei Caneca teve a "brilhante" idéia de que simular neve iria agradar o público.. Só se for pra quem estiver assistindo, um cara na minha frente saiu completamente sujo, e não parecia nada alegre, no meio do caminho ele parou pra se limpar. Mas a melhor parte da proximidade do natal nos shoppings são obviamente as mamães-noelas. Hehehehe.

Ah, esqueci de mencionar que o filme também têm o Harrison Ford enrabando uma parede de vidro.

Divisão de Homicídios, de Ron Shelton (EUA, 2003)


Se estruturar o filme em contraponto a convenção dos filmes policiais tradicionais possa soar como uma tentativa de escapatória de clichês e/ou de tirar um sarro com o próprio gênero, acho que o filme que Shelton ao menos pretendia fazer, é algo que fica perdido entre o que ele consegue por na tela e o que suas intenções poderiam conseguir. Como o que interessa aqui é o que se têm em imagem, fiquemos nisso. Do início ao fim, Shelton tenta fazer do filme o menos comum possível; é um policial, mas na verdade é uma comédia; o protagonista é um detetive (Harrison Ford), mas que também vende imóveis (e de certa forma parece mais interessado no segundo emprego em diversos momentos); seu parceiro é um jovem policial, que além de pretender largar o distintivo pra tornar-se ator, é professor de ioga (ou algo parecido); entre então uma galeria de personagens estranhos, mas que têm sua graça justamente por de certa forma fugir à um padrão do gênero. Quando Lou Diamond Philips dá as caras em um papel pequeno como um policial traveco, você sabe que este não é um filme convencional. E nesta formula, até mesmo as escolhas menos funcionais – e deve-se dizer que se passa longe de ver tudo que Shelton gostaria funcionando em prol do filme – parecem um tanto melhor encaixadas dentro do filme. E é exatamente por isso que de certa forma a longa seqüência que se dá no clímax do filme funciona – se simplesmente fragmentada ou dentro de um outro filme, ela seria simplesmente insuportável; dentro do que se antevê, e de uma certa idéia de cinema acoplada ao filme por Shelton, a tal seqüência não poderia soar melhor. Se há suas obviedades (e ela são muitas), e uma porção de pequenos comentários quanto a Los Angeles que nem sempre funcionam, e que talvez de fato façam mais sentido para os moradores locais, como uma comédia de erros o filme se torna algo bem mais interessante que o tom consideravelmente mais sério do outro filme de Shelton lançado no ano, Dark Blue (que têm lá suas boas idéias, e uma bela atuação de Kurt Russell, e certamente funciona melhor que Dia de Treinamento, filme com qual mantém alguns elos, mas se perde por completo nos minutos finais). Vale dizer que Harrison Ford encara a fase mais bizarra da carreira, onde não têm idade pra ser galã, não consegue emplacar bilheterias (já são dois anos com filmes lançados em cima de seu nome ficando por completo abaixo do esperado, especialmente com o homem ganhando de salário quase tudo que o filme arrecada), e não parece mais funcionar muito bem como astro de ação – devo admitir no entanto, que nos momentos em que seu personagem se concentrava na comédia, Ford até se saiu bem. Enfim, limitadamente, funciona.

segunda-feira, novembro 17, 2003

Vi o tal Matrix derradeiro, algumas decepções meio que surgiram, já que lendo por aí eu tinha cirado espectativas específicas em relação ao tratamento de algumas coisas por parte deles, mas ainda restaram-me coisas o bastante que atraiam interesse ao filme (em suma, o agente Smith, como nos filmes anteriores - alias, persisto que é de longe o personagem mais emotivo de toda a série, mesmo sendo um programa). Enfim, se eu realmente fizer o tal texto pegando os três filmes, falo mais destas coisas. Ou faço só um pro derradeiro, sei lá.

No último sábado, dia 15, a SnE completou um ano de existência. Quem andou indo por lá no último mês, percebeu que estou em um hiato por lá, até pq cheguei a comentar sobre filmes de horror aqui, e não escrevi pra lá. O hiato pode ser provisório, ou eterno, não sei ainda. Sei que por lá sempre me sinto acoado a ter de escrever de acordo a certas vontades de um público específico, e isso me incomoda um bocado. Acho que escrevo mais a contade aqui, ou pra FOCO, ou pra qualquer outro lugar. Público de gênero é um saco. Enfim, fui eu que me meti nessa. É isso.

Peru 1 x 1 Brasil (Peru, 16/11/2003)


Inusitadas a parte, vou tentar me ater ao espetáculo. Se ausência de um time em campo contra o Equador parecia um prenúncio, nesse jogo se confirmou. Era quase bizarro ver o que ocorria em campo. Se os zagueiros baterem cabeça é algo até normal – e isso mesmo dentro da última Copa se viu diversas vezes – ver o Dida errar o tempo da bola duas ou três vezes nessa que vinha sendo a melhor fase da carreira dele, foi literalmente assustador, em particular aquele lance que ele saiu saltando e simplesmente nem resvalou na bola, que por sorte encontrou um zagueiro brasileiro. Nunca fui maior fã do Emerson, mas venhamos que ele não costuma fazer partidas tão omissas; tão pouco Gilberto Silva, que além de ter marcado mal, o que é raro, fez até jogadas violentas, o que passa ainda mais distante do seu estilo. Além de omissos na marcação, foram uma negação no apoio.

Junior variou, mas em alguns momentos foi a frente, e costumou ir bem na marcação atrás – foi um dos poucos jogadores que eu gostei. Cafu deu uma melhorada com a entrada do Renato no segundo tempo, mas antes disso fazia uma partida bastante atípica, onde não fazia nada direito e dava ponta pés. Zé Roberto foi uma negação, do início ao fim, e um dos responsáveis pelo péssimo desempenho do meio de campo, visto que seu papel de ligação com o ataque é importantíssimo. Sobra então os três jogadores de frente, que pareciam pertencer a outra equipe. Se o Ronaldo pareceu em vários momentos acima do peso e meio desajeitado (o que não é normal), ainda que conseguindo alguns lances que só ele sabe fazer, Káka e Rivaldo jogaram ambos muito bem (o segundo me foi uma surpresa, visto que detestei todas as últimas apresentações dele), e mostraram um surpreendente entrosamento (certo, eles jogam no mesmo time, mas Káka treina no titular, e Rivaldo no reserva). Mas como raramente os chutões do Dida (pois é, boa parte das jogadas do Brasil vinham de chutões!) chegavam para um jogador brasileiro restou uma negação.

Pra complemento, Parreira comprovou mais uma vez que é o grande comédia do futebol nacional. Além de ter saído de campo dando uma entrevista bizarra, onde parecia ter assistido um jogo por completo diferente do que vimos (ou ele têm uma idéia um tanto estranha do que é uma boa partida), como disse Casagrande na transmissão, chega a ser um absurdo o cara treinar substituições! São de fato sempre as mesmas, tal qual foi-se adivinhando. E ele ainda têm um péssimo costume que a substituição “mata-jogador”, onde ele põe um cara que a torcida esteja anciosa para ver em campo faltando uns 7 minutos pra acabar, ocorreu antes com Diego e Alex, ocorreu hoje com Luis Fabiano – fica fácil para ele: se o cara virar o jogo no fim, ele fez uma ótima substituição na hora certa, se o cara não fizer nada (o provável pelo tempo restante), é porque ele acertou em não por o cara antes. Assim, fica difícil. E ainda têm o amigo que o Parreira pediu pra Deus, o Zagallo, que vira pra ele, com um time acoado e não jogando bulhufas, e diz: “não mexe agora não”. E acho besteira dizer que foi a ausência de Roberto Carlos e Ronaldinho Gaúcho que fizeram diferença, os seus substitutos foram dos melhores em campo. Acho inclusive que o ataque do Brasil funcionou melhor hoje que nas outras partidas das eliminatórias, mas enfim, dar tempo ao tempo, sempre.

Também não fiquemos só no Brasil – a cobrança claro é maior, por virtude de torcida e também de certo título conquistado no ano que passou – o tal time do Peru ta longe de ser o time que a torcida deles pintam. Mas pra quem passou a última década com aquele time que eles tinham, de fato deve ser um grande avanço. O time deles tenta tocar a bola, o que é legal (o Brasil deveria fazer isso, mas enfim, inclusive porque é estilo do Parreira), mas não são muito bons nisso, perdem a bola fácil, mas no meio campo marcam bem (o que não ocorre na defesa), então como o Brasil parecia estar sem meio, roubavam a bola fácil. Mas enfim, eles tiveram uma porção de chances, e perdiam tudo por incompetência de boa parte da equipe. Eles têm três jogadores bons, Solano, Pizarro e Palacios, e dependeram diretamente destes. Como o Brasil marcava mal, vez ou outra eles apareciam bem, mas se prendiam demais ao cruzamento na área, apesar do gol ter saído da insistência (e do fato dos zagueiros brasileiros não estarem saindo do lugar). Enfim, o Peru procurou mais o jogo, mas ta longe de ter feito uma partida boa, pelo contrário. Quem perde tantos gols têm mais é que se preocupar.

Em último adendo, nada a ver com o jogo em si, mas sim com a transmissão. Galvão Bueno adentrou mais a fundo no mundo dos retardados mentais. Ele enche o peito para dizer que o Ronaldo deveria processar a imprensa de Lima, porque estariam sendo agressivos com ele no caso de sua separação, sem perceber que nos quinze minutos que antecediam tal momento, ele tinha sido tão agressivo quanto ao povo peruano (sempre tentando atenuar dizendo que era bonito a “paixão” deles) quanto qualquer repórter de Lima. Sem contar que é obvio que a coisa ocorre tanto lá quanto na Espanha ou no Brasil. E o Galvão mais uma vez merecia uma picareta na cabeça, dada pelo Falcão, quando ele o cobra quanto a presença de Rivaldo no banco do Milan – até parece que o Galvão nunca aprendeu bulhufas em anos assistindo jogos. O Milan é uma seleção, se você não se adapta a ela de jeito nenhum, você não joga, o time lá não se adapta ao jogador como costumam fazer no Brasil, é estrela demais pra isso. Por isso o Káka deu mais sorte, tal qual o Serginho que é obviamente inferior ao Rivaldo, mas consegue entrar em campo porque se encaixa no esquema. Enfim, eu deveria estar acostumado.