Continuando com algum atraso a cobertura já atrasada da Mostra. A OITAVA COR DO ARCO-ÍRIS, o primeiro filme rodado em Cuiabá, é de um mau gosto danado. A cidade já é feia de um modo geral, mas o cara consegue escolher os lugares mais grotescos. Mas isso, claro, é o de menos, especialmente com a coleção de momentos constrangedores que é o filme. Algo de grotesco, mesmo que um grotesco inocente. OH, HOMEM! é pra ver.
SANGRE foi um filme que todo mundo na sala parece ter gostado – isso inclui os amigos – com o qual não bati muito. Me interessa um bocado mais o personagem do irmão mais novo, e fiquei bastante dispersos em boa parte das cenas com o irmão mais velho. Encarnei com a mãe também. Segurei o sono porque em filme bem filmado é impossível de dormir. Em suma: gostou pouco.
BEM ME QUER, MAL ME QUER é reportagem jornalística perdida no cinema – à momentos muito bons com alguns depoimentos, tal qual à os lamentáveis. A situação-problema parte de uma completa não-posição assumida pelo filme, até pela impossibilidade de se alcançar esse trunfo já que mal ou bem, essas entrevistas foram editadas e montadas em uma ordem X. Mas enfim, é um filme bastante simpático, e tem um lado de procurar entrevistar tudo que é critico/cineasta presente que é de bastante interesse.
PAPAI NOEL ÀS AVESSAS, imperdível no circuitão em dezembro. Tem uma caralhada de problemas, mas sobrevive – e um bocado bem – à eles. Melhor que MUNDO CÃO. OLHOS DE VAMPA é o cinema perdido na sua própria história, cenas antológicas. A “cena Blow-Up” é fantástica. Joel Barcellos vai morder você. (???)
Tá perto do fim (pulei bastante coisa no final das contas). A FERIDA é um filme de bastante interesse até a cena que toca “Atmosphere”, ali vira um belo filme. Impressionante em seus melhores momentos. Lá pela altura da segunda hora de filme, confesso que comecei a ficar de saco cheio, mas fui atacado pela cadeira do MIS também. Recuperei o ânimo na já citada cena. Deu vontade de assistir em pé.
A última coisa que eu esperava a essa altura do campeonato (além de voltar a ter esperanças que o SP seja campeão) era gostar de um filme do Ozon, e o pior, gostar pra caralho de um do Ozon. Acho o filme bonito, mesmo. Uso da música é muito bom. Confesso que o primeiro episódio me deixou com pé atrás – embora tenha pelo menos um momento que gosto bastante nele – mas gosto bem mais dele após ver os outros, faz ele descer bem melhor. Acho em particular o episódio do casamento fodaço mesmo. Ah, não falei o nome do filme: 5 X 2. Sessão seguida de discussões com Cláudio detestando o filme. Discutir com amigos é muito bom.
A NOIVA DAS TREVAS: tentei dormir e não consegui.
Ainda devo textos pra revista.