free as a weird

terça-feira, dezembro 26, 2006

http://oultimorefugio.blogspot.com
http://umdois-e-outros.blogspot.com

Pronto pra outra.

Fecho o blog, e o ano, como fechei cinematograficamente (vi filmes depois, mas isso é indiferente):



Queria uma foto da mais genial das gruas, mas sem ela, fico com os fantasmas.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

No próximo post devo já passar os novos endereços em que residirei. Nem sei como vai funcionar isso direito, o que eu vou estar colocando em cada um, qual será a freqüência. A minha idéia é fazer coisas mais diferentes, atualizar mais regularmente (os dois). Criar algum tipo de padrão, que não seja limitador, mas que estimule mais a coisa a andar. Cansei de ficar parado.

domingo, dezembro 17, 2006

Ronaldinho amarelão
melhor do mundo é o Fernandão
?

E o Inter conquistou o mundo. Depois de um primeiro tempo fraco, passivo diante de um Ronaldinho brilhante, que comandava o timaço espanhol, o Inter se encontrou no segundo tempo. A marcação foi simplesmente brilhante. Fabiano Eller, Indio, Monteiro e Vargas foram todos perfeitos. Ceará foi bem também, embora não tenha rendido no apoio. Fernandão, a estrela, deveu, num primeiro tempo com dificuldade de jogar, e depois cansado e com dores, precisou sair. Adriano, um dia uma grande promessa, apareceu. Muitos vão considerar meio gol do Iarley, o que acho incorreto. Iarley fez uma bela jogada, segurando até surgir Adriano passando. Mas um leve movimento de corpo do meia fez ele limpar a marcação, e ainda teve a calma e tranqüilidade pra tocar perfeito, tão perfeito que Victor Valdés fez o impossível, raspou a bola, mas não era o bastante. 10 minutos de jogo restavam. Deco arriscou. Ronaldinho de falta idem.

A verdade é que com Ronaldinho se apagando no segundo tempo, tudo ficou mais fácil. Talvez com exceção feita ao Deco, todo o time do Barcelona caiu junto; de repente as aberturas na ponta de Giuly não rendiam mais, Van Bronckhorst não descia mais pela lateral-esquerda. Gudjohnsen, figura constante em finalizações na área do Inter mal era citado pela narração. Foram defensivamente perfeitos, e com o Barcelona sem conseguir atacar, eles mostram sua fragilidade defensiva. O time melhorou um bocado com a entrada de Luiz Adriano. Eu defendia a saída de Iarley, e logo mais falo sobre esse jogador. O Luiz Adriano, que assim como o homem-gol Adriano, são desses renegados do time, que tiveram muitas chances para se tornarem jogadores importantes mas deveram. Na hora da decisão, ressurgem. O Luiz Adriano mexeu com o jogo, deu outra movimentação quando ia mais pro meio, confundiu mais os zagueiros do Barça. Prova disso é que um dos defensores deles parou na marcação pra evitar um passe de Iarley para o lado onde o L. Adriano passava, enquanto o caminho do lado de seu quase-xará estava mais tranqüilo.

Pois então, sobre Iarley. Não entendo sua premiação. Alias, convenhamos, entendo pouco a premiação. É verdade que foi decisivo, num lance pontual. E que usou de sua experiência, ao lado de Rubens Cardoso, para utilizar a posse por quase os acréscimos inteiros num cantinho. Mas a parte isto, é um jogador incompreensível. De cada dez jogadas que faz, uma é brilhante, o que resta é mediocre. No primeiro jogo foi uma nulidade. Hoje, só apareceu depois que Pato saiu. E mais ainda depois que Fernandão saiu. Estaria mal posicionado? Acho que o defeito é ele mesmo. Com tantos jogadores brilhando no time durante a partida, é uma pena que o único colorado premiado seja ele. Mas tudo bem, já sei que defensores são mal vistos. Mas que eles ganham partidas, ah ganham.

Obs.1: Um dos colorados que vibravam trazia uma camisa escrita: "RENOVA FABINHO" - reza a lenda que o Inter não quer fazer isso (nas bases financeiras pedidas), e que o outro possível destino dele seja o Grêmio... Pelo menos seus companheiros estão do seu lado

Obs.2: Na tal peregrinação por coisas velhas daqui, achei um post meu da rodada final do Brasileirão 2002, acompanhando enquanto os jogos iam ocorrendo. Num momento em que o Palmeiras empatava com o Vitória, eu coloquei uma lista dos times que eu acreditava seriam rebaixados no fim daquela rodada; um deles era o Internacional.

O América do México foi, sem dúvida, o ponto baixo deste Mundial. Fez uma partida apenas decente em sua estréia, mas deixou sinais de que era um bom time. Aí veio o Barcelona e lhe atropelou. OK, não foi qualquer time, mas a postura da equipe era dormir e dormir. A impressão que fica é que enquanto buscavam algo, tinha ânimo. Como rapidamente perceberam que o Barcelona era de um nível que eles não enfrentariam, logo se desinteressaram. E como terceiro lugar não é tão interessante, entraram sonados mais uma vez contra os egípcios. Um mistério também é o técnico, que depois do primeiro jogo mandou Blanco pro banco no jogo mais difícil - mas imagina-se, por sua forma fisíca. Não satisfeito, hoje ele resolve que Claudio Lopez também fique no banco! Blanco entrou mudando a cara do jogo. Mas foi por pouco tempo.

A organização segue sendo o trunfo do Al Ahly, que reconhece suas limitações e joga com elas. Por isso, é um time inteligente. Contra o ritmo lerdo do América, souberam achar espaços. Aboutrika marcou mais um de falta. Quando Blanco esquentou o jogo, num contra-ataque apagaram o fogo numa das jogadas mais básicas mas funcionais, o 1-2. Tão simples, mas que destruiu a passível defesa mexicana. Aboutrika-Flavio-Aboutrika, bola nas redes, belo gol. E nada mais foi capaz de motivar o América. O título - de terceiro lugar - é mais do que merecido para o Al Ahly, que tomara retornem no próximo dezembro, com ainda mais evolução.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Sim, o Barcelona me deixou literalmente sem palavras. Mas domingo vem aí.

Enquanto isso, algo literalmente SURREAL foi encontrado num desses milagres que colocar dados na internet pode causar. Achei uma jpg do desktop do meu computador da virada de 2001 pra 2002, 16 anos, 20kg a menos (quem estou enganando, uns 25kg a menos hehehehe), áureos tempos.

A imagem: clique aqui

Detalhe para: Windows 98 bombando, internet discada (segui nessa até me mudar pra SP em julho/2003), o mesmo bom gosto de sempre...

quarta-feira, dezembro 13, 2006

O Inter começou a segunda parte na mesma toada, lembrando até mais o SP do primeiro tempo da semi-final. Tomou o gol, mereceu levar, e por algum tempo foi comandado pelo Al Ahly, mesmo após o gol. Fernandão pregado, sumiu por completo do jogo. Pra piorar, Hidalgo se contunde e é substituído. Logo depois é a vez do Pato, retirado na maca, embora não pareça nada sério.

O Inter foi aos poucos melhorando, mas mais que isso, o time egípcio foi francamente caindo, perdendo as forças, e foi nesse momento que Luiz Adriano, aquele que seis meses atrás foi lançado para ser o Pato de agora (não deu certo, antes hoje tinha feito apenas um gol), fez um belo gol, uma cabeça desviada consciente. Derrubou de vez o time do Al Ahly.

Daí pra frente o Inter cresceu e foi tomando o jogo, sem forçar mais um gol, mas foi mandando na partida. Rubens Cardoso que entrou no lugar de Hidalgo foi muito bem, deu mais opção ao ataque do Inter. Luiz Adriano corria muito, não fez mais que seu gol, o que estava de bom tamanho. Iarley, mal, deu lugar a Vargas que ajudou no toque de bola pra enrolar.

Já nos últimos minutos o time egípcio voltou a assustar com alguns lances, o Inter se protegia com chutões e todos na defesa. Estão certos. Em Mundial é assim mesmo, não se pode pescar. Foi um jogo sofrido, onde nada deu certo, mas o que importa ocorreu: a vitória.

Eu acredito que Fernandão deva mudar. Jogou longe demais do ataque, às vezes tendo que ser marcador, fazendo faltas. Prefiro vê-lo como o atacante que vem do meio, podendo armar jogadas mas ainda assim estando próximo do gol. Iarley sairia do time, pois a fase é do Pato. Melhoraria também para Alex, mais livre para jogar. Não sei quem entraria: Adriano não vem bem, Vargas deixará o time mais defensivo. Gostaria de saber qual a situação do Elder Granja. Ele veio de contusão por longo tempo, perdeu a vaga no time. Mas joga bem na frente, faria dupla inusitada com o Alex: ex-laterais migrando pro meio. Tem o Pinga, mas não se encaixaria na posição, tanto que foi contrato pra ela e não vingou. O Perdigão, francamente, está mais para animador de torcida. Um bom animador, diga-se.

O São Paulo também jogou muito mal seu primeiro jogo no último Mundial. Venceu apertado, e se convenceu um pouco mais foi por alguns raros momentos. O Inter foi mais uniforme em seu jogo, sem tantos picos positivos ou negativos. Precisa melhorar, e muito, pra vencer o Barcelona, e um tanto pra vencer o América, no caso de zebra. Mas o susto inicial é importante e vejo o Inter entrando com uma cara mais forte pra final. Afinal, uma derrota diante do Barcelona se compreende, desde que ela ocorra com luta e empenho.

Realmente muito curiosa esta similaridade entre o primeiro tempo do jogo de hoje entre Inter e Al Ahly, e o primeiro tempo entre São Paulo e Al Ittihad no ano passado. Há duas diferenças. O São Paulo chegou a jogar bem por um tempo, até fazer seu gol e se desligar da partida, já o Inter teve no máximo alguns instantes positivos, bem indivuais. Mas não sofreram um gol, o que nesse caso é mais importante ainda, já que independente do quão abaixo do esperado tenha jogado, segue na frente. É uma partida de eliminatória direta, sem rodeios, estar ganhando é absolutamente necessário.

Foi num lance de sorte, marcado pelas duas estrelas do time nesse primeiro tempo (Fernandão e Pato) que o Inter abriu o placar. Uma bola dividida onde um defensor do time egípcio acabou entregando para o Pato fazer - seria impedimento caso fosse um passe de um companheiro de equipe brasileira, o que não era o caso. Adicionaria também uma estrela ao tão questionado Clemer, que estava em todas quando exigido.

O Al Ahly não tem tanta garra quanto tinha o Al Ittihad, mas é um time bem mais organizado. Impressiona como estas equipes jogam melhor sem nenhuma responsabilidade. O técnico do time egípcio disse em uma entrevista que a equipe vinha melhor para esse Mundial sem a pressão do primeiro, de representar a força africana. Imagine então quando já fizeram a obrigação, da vitória no primeiro jogo. Ele trouxe o time pra campo de forma mais precavida, tirou um atacante, aumentou marcação. Mas é um time com jogadas ensaiadas, do tipo de equipe que se vê o trabalho tático no tempo direto de jogo.

O Inter tem time de sobra pra atropelar no segundo tempo, com uma provável esquentada no time dada pelo Abel. Mas precisa vencer o compreensível nervosismo, que fez jogadores entregarem bolas nos pés dos adversários em possíveis contra-ataques perigosos. E precisa partir pro jogo. A equipe não recuou como fez o São Paulo contra o time arábe ano passado, ele simplesmente não esteve com grande posse durante a primeira parte toda.

Tenho sérios problemas com o esquema tático por enquanto. Acho que está diminuindo o potencial de Fernandão, que embora orquestre belos passes, fica longe do gol. Não atua como um terceiro atacante, está sempre no meio pra trás. Curiosamente, foi o primeiro amarelado numa falta mais forte. E não é ele que substitui a antiga função de Tinga, e sim o Alex. Não vem bem, mas realiza um misto de marcação com armação interessante. Acho que merece jogar mais solto, embora realize bem este primeiro combate. O Pato esteve atrás de todas as bolas, mesmo sem ter feito nada de especial foi talvez aquele que mais mostrou tranqüilidade por parte do time gaúcho.

YouTube às vezes decepciona:

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No Videos found for 'trinity'

Video results for 'terence hill'
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Precisamos dar um jeito nisso....

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Os dois primeiros jogos do Mundial tiveram pouco a acrescentar nas nossas expectativas. O Al Ahly não evoluiu muito do ano passado pra cá, ainda é um time, no que diz respeito a ter algum tipo de organização. Se faltam jogadores com algum talento, sobra disposição, o que em muitos casos já vale. Especialmente quando seu adversário era um time semi-amador, inferior a times da série C brasileira. Aí ficou fácil.

O jogo de hoje foi bem mais interessante, apesar dos times também não serem nenhuma maravilha. Ao menos dá pra se dizer que houve emoção, e que as duas equipes tramavam jogadas. O Jeonbuk é possivelmente melhor que o Al Ahly, o que torna uma pena que tenha caído no sorteio um confronto dele com o America. Eles sofrem de não saberem fazer gols, perderam chances incríveis. O America é um time mais sólido, com figuras capazes de desequilibrar um jogo. Num fisíco que põe el gordito Ronaldo no chinelo em termos de pança, o Blanco ainda era capaz de algumas jogadas bonitas e que colocavam seus parceiros na cara do gol. O Claudio Lopez, mais em forma, parecia preguiçoso. Quem também deu as caras foi o Fabiano, conhecido de outros tempos são-paulinos, que fez sua primeira partida pelo America. Jogou relativamente bem.

Amanhã é folga do torneio e na quarta tudo esquenta com Al Ahly x Inter.

domingo, dezembro 10, 2006

E vai começar mais um Mundial, agora o de clubes. Pensei em abrir o novo blogue com essa cobertura, mas conclui que a preguiça seria maior, já que atualmente ando ultra atolado com um zilhão de coisas acontecendo. Mas o que não impede de fazer algo pra cá. É o segundo torneio no formato, unindo os campeões de todas as confederações continentais. Segue sendo um mistério o porque dos clubes mexicanos ainda competirem como convidados nos principais torneios da Comenbol, tendo em vista o crescimento da importância da Copa dos Campeões local da Concacaf.

Por aqui os olhos todos estão voltados para o Inter que ao menos para sua estréia na semi-final deve ousar num esquema bem ofensivo, com Alexandre Pato e Iarley na frente, Fernandão num combo meia-atacante, e com a presença do Alex como principal armador. Sobre o Pato, muito se especula, seu único jogo de verdade deu bons sinais, mas é pouco para se saber se ele agüenta o tranco. Iarley é um jogador muito experiente, é bom, mas bem menos do que seus belos gols podem dar a impressão de ser. É também um dos poucos desse time que foram campeões do mundo, quando jogava no Boca. Fernandão é um hibrido, sem dúvida um dos mais talentosos jogadores em atividade no Brasil hoje, já confessou que aprendeu a jogar no meio quando atuava no Goiás e dividiu time com Aloísio e Alex Dias. Se sua visão de jogo é notável e sobra inteligência, seu porte fisíco é completamente inadequado para a posição, o que eventualmente pode lhe causar problemas. Em todo caso, é a grande estrela do time, talvez até antes da debandada pós-Libertadores.

Se Abel vai ter coragem de segurar esse time tão ofensivo contra o Barcelona, são outros quinhentos. Primeiro, depende de como o time vai se comportar, já que é uma escalação nova (Alex estava contundido na partida contra o Palmeiras). E depende também de ambos chegarem a final. O Inter tem caminho mais fácil.

Vi uma matéria no Sportscenter latino-americano na ESPN Internacional e é bem interessante a expectativa dos jogadores do América para o Mundial. Aparentemente existe uma apreensão por lá similar a que sempre ocorre aos brasileiros quando um clube local vai disputar o torneio. Só assisti esse time do América jogar em uma partida neste ano, um amistoso caça-níqueis contra o Flamengo, com meio time sendo substituido durante a partida. Eles ganharam, mas não dá pra levar muito a sério. Mas não dá pra dizer que não conhecemos alguns de seus jogadores, como o Blanco, um dos mais folclóricos jogadores do México, e o argentino Claudio Lopez, aquele que já foi uma estrela de considerável porte mundialmente falando. Ambos já estão na fase final de suas carreiras, mas são figuras a serem respeitadas.

Os mexicanos devem encontrar um Barcelona confuso, que ainda não encontrou um substituto para Eto'o, tendo transformado Ronaldinho numa espécie de centro-avante. Para complicar, Messi também está fora, nem inscrito foi. Saviola está inscrito, mas vai estar voltando de contusão na partida, sem ritmo de jogo. Gudjohnsen não é mal, é uma figura esforçada, clássico jogador que topa fazer qualquer coisa pelo time com algum talento, mas não tem nível pra ser títular num time como o do Barcelona. Giuly pela ponta é sempre perigoso, mas tem suas noites de sono e gols incríveis perdidos. Apesar da chegada de reforços, a defesa do time segue uma lástima, com Rijkaard tendo que exigir da equipe manter a bola no ataque. Puyol pode até ter raça, mas seu status de grande defensor chega a ser surreal. Thuram pode já não ter fisíco para agüentar muitos jogos seguidos e afins, mas seu QI defensivo é incomparávelmente maior. Uma zaga com Oleguer e Puyol pode virar picadinho numa boa noite de Fernandão/Pato/Iarley ou Blanco/Lopez. A sorte deles é residir por lá a dupla Edmilson/Rafa Marquez, que jogam também na zaga (mas prefiro ambos na frente, ainda que no esquema no Barça não caiba dois volantes com este estilo).

Com todos as pedras no caminho citadas, o Barcelona segue de longe como aquele que tem o dever de vencer. Só é menos simples do que parece.